Os cinco deputados bolsonaristas de Mato Grosso votaram, nesta quarta-feira (10), pela soltura do deputado Chiquinho Brazão (sem partido – RJ), detido pela Polícia Federal sob acusação de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em 2018.
Foram favoráveis à soltura do parlamentar: Abílio Júnior (PL), Amália Barros (PL), Coronel Assis (UNIÃO), Coronel Fernanda (PL), José Medeiros (PL). Contrários à soltura: Emanuelzinho (MDB), Gisela Simona (UNIÃO) e Juarez Costa (MDB).
A Câmara dos Deputados, no entanto, manteve, por 277 votos favoráveis, a prisão em flagrante do parlamentar. Houve 129 votos contra a prisão e 28 abstenções.
O Plenário da Câmara acompanhou parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), de autoria do deputado Darci de Matos (PSD-SC), que recomenda a manutenção da prisão preventiva por crime flagrante e inafiançável de obstrução de Justiça com o envolvimento de organização criminosa.
Além do deputado, é acusado de ser o mandante do crime o seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. O processo passou a tramitar no Supremo porque ambos têm foro privilegiado.