MINERADORA NEXA É PROCESSADA POR SUPERFICIÁRIOS EM MATO GROSSO
A NEXA RESOURCES, empresa global de mineração e uma das cinco maiores produtoras de zinco do mundo está sendo processada por superficiários em Mato Grosso/ Brasil.
A NEXA RESOURCES surgiu da União da VOTORANTIM METAIS, empresa líder de mineração de zinco no Brasil, e a MILPO, Líder no Peru. A empresa já nasceu liderando a produção de zinco na América Latina. Possui também capital aberto nas Bolsas de Nova York e Toronto.
A empresa é derivada da VOTORANTIM METAIS e prometeu em sua abertura manter o seu DNA que era pautado até então em princípios como transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Acontece, que segundo o que foi apurado por nossa reportagem, isso não vem acontecendo no braço Global de metais da Votorantim.
A empresa está sendo processada por superficiários no estado de Mato Grosso, por não cumprir um de seus princípios vitais, a transparência.
Na ação que não corre em segredo de Justiça, superficiários do PROJETO ARIPUANÃ pedem à empresa NEXA, transparência.
O PROJETO ARIPUANÃ é o maior empreendimento da Nexa no Brasil e da indústria mineral do Estado de Mato Grosso.
A transparência no caso se faz necessária porque as atividades da mineradora no Projeto Aripuanã-MT., se desenvolve de forma totalmente subterrânea na modalidade de túneis. Assim ninguém tem acesso às informações quanto aos locais de produção, senão a própria mineradora. Nas vezes que os representantes da mineradora foram procurados, se limitaram a afirmar que ainda não estão trabalhando em área de terceiros, sem que os superficiários tenham qualquer elemento de verificação quanto à veracidade de tal informação.
Ao contrário do que a empresa prega, desde que começou a retirar minério da região, a NEXA não faz contato e nem sequer responde aos questionamentos dos superficiários.
A região de Aripuanã é conhecida pelo alto teor de ouro e prata, minérios que a empresa NEXA também explora na região (apesar de não divulgar).
A NEXA detinha 70% do PROJETO ARIPUANÃ e a Canadense KARMIN EXPLORATION INC detinha os 30% restantes. Com os números expressivos e promissores de Ouro e Prata, a NEXA resolveu comprar a empresa parceira e assim se tornar dona de todo o PROJETO ARIPUANÃ e assim extrair além do zinco, chumbo e cobre também o ouro e a prata.
A insatisfação é tão grande que além de terem movido ação Judicial contra a empresa, os superficiários estão se movimentando para a criação de uma associação, para que tenham voz contra a gigante dos metais.
Diante do que foi colhido pela nossa reportagem, a empresa parece não se importar com aqueles que deveriam estar sendo tratados como parceiros.
Um dos superficiários disse que eles são chamados de parceiros nos relatórios e discursos, mas que na realidade não sabem de nada a respeito das extrações e não possuem voz diante da empresa, restando apenas a via judicial para que o direito dos superficiários seja respeitado.
Vale ressaltar ainda que o superficiário tem direito ao recebimento de ROYALTIES sobre tudo o que for retirado do seu subsolo. Infelizmente muitos superficiários deixam de receber os royalties de suas terras por desconhecer o Direito Mineral. Algumas empresas se aproveitam dessa falta de informação e extraem tudo e simplesmente vão embora.
Atualmente a Agência Nacional de Mineração – ANM (antigo DNPM) é o órgão governamental encarregado de gerir e fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo o território nacional.
Em breve mais informações!!