A área de soja prevista para a temporada 2023/2024 reduziu 0,74% em relação ao mês passado, ficando projetada em 12,13 milhões de hectares em Mato Grosso. Isso foi pautado pelo alto percentual de replantio apontado pelos informantes do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Ao todo 5,04% da área total prevista para o estado teve que ser replantada, algo em torno de 600 mil hectares.
O clima quente e os longos períodos sem chuvas em vários municípios do Estado têm impactado no desenvolvimento das lavouras e, em alguns talhões, já é observado o encurtamento do ciclo da soja, o que pode prejudicar no potencial produtivo da planta.
Com isso, o instituto reduziu em 3,07% a produtividade prevista para MT, em relação à estimativa passada, ficando projetada em 57,87 sacas de soja por hectare. Assim, com as modificações na área e na produtividade, a produção da safra 2023/2024 ficou projetada em 42,13 milhões de toneladas, queda de 3,78% ante o relatório anterior.
A intensa onda de calor que tem afetado diversas regiões em Mato Grosso pode gerar preocupações entre os agricultores, devido aos impactos potenciais na fertilidade do solo e na produção agrícola. Com a previsão de calor intenso persistindo, é crucial que os agricultores estejam atentos e adotem medidas para preservar o solo e garantir o sucesso das safras.
De acordo com Alvaro Fachim, coordenador do curso de Agronomia da Faculdade Anhanguera, a orientação é para que os agricultores estejam atentos e preparados para todas as circunstâncias, garantindo a aplicação correta de fertilizantes e a manutenção de níveis adequados de nutrientes no solo.
“Diante desse contexto, a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis, como a agricultura de precisão e o manejo integrado de nutrientes, pode ser fundamental para preservar a fertilidade do solo e garantir a produtividade das lavouras em face do calor intenso”, destaca o docente.